sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Quem é a Leonor- Nonô. A sua História!

A história de Leonor, cinco anos, não levou um ponto final com a sua morte, anunciada esta quarta-feira. Uma menina que, no último ano, lutou sempre com um sorriso contra o cancro que a consumia, é seguida no Facebook por mais de 100 mil pessoas. E é a história de uma das 350 crianças a quem, a cada ano, é diagnosticado um cancro. Segundo dados do Instituto Português de Oncologia do Porto, a taxa de sobrevivência ronda os 75%.


Sobrevivência. Terá sido esta a palavra que assaltou Vanessa Afonso naquele dia 13 de junho de 2013 nas urgências do Hospital de Cascais. A filha de quatro anos sofria dores de barriga insuportáveis. Depois dos exames, o diagnóstico. A pequena Leonor sofria de um tumor bilateral de Wilms, o termo técnico para a palavra proibida: um cancro. Um dos tumores, com 16 centímetros, pressionava o rim contra o umbigo da criança. Nos pulmões, metástases. Na cara de Nonô uma lição: um sorriso. Ela adormeceu ainda antes de lhe ser administrado o soro para o primeiro tratamento.


Os colegas de trabalho de Vanessa perceberam que vinha aí uma batalha dura. Que a mãe de Nonô dificilmente conseguiria dispensar o seu tempo ao trabalho. Tinha a filha para salvar. Um dia depois do diagnóstico, foram eles que criaram uma página no Facebook. “Os aprendizes da Nono“. A identificação de uma conta bancária para transferências e um pequeno texto de apresentação:
“A Leonor tem 4 anos.
Adora Princesas e vive num mundo cor de rosa. A sua cor preferida.
É absolutamente feliz e tem o sorriso mais vibrante que conhecemos.
No dia 14 de Junho de 2013 foi-lhe diagnosticado um Tumor de Willmsbi-lateral.
Como para todos os Filhos de um Deus maior, este é um desafio que a LEONOR PRINCESA GUERREIRA pela Fé, JÁ VENCEU !”



Seguiram-se as fotos. E os amigos. E as ajudas. Vanessa, a mãe da criança, contou numa entrevista à Visão que muitas vezes chorou do outro lado do ecrã. Ao mesmo tempo que outras mães choravam ao lê-la. Fez sempre questão de responder a todas. Mesmo quando as mensagens internas atingiam as centenas. Foi aqui que foi partilhando o percurso de Leonor. A perda de cabelo. Os tratamentos. A esperança. E os sorrisos.



Aceita e Sorri” foi sempre o mote de uma batalha que a família da pequena Leonor travou ao longo do último ano e meio. Em dezembro, o primeiro concerto solidário por Nonô, de forma a angariar fundos para o seu tratamento na Alemanha. Contou com a presença de Áurea, de quem era fã. Em maio, “Aceita e Sorri” foi o nome do livro publicado sobre a sua história.



A notícia foi dada pela mãe através da página do Facebook. E depressa se criou um movimento solidário. Vários utilizadores mudaram a cor do seu perfil para rosa, a cor preferida de Nonô. E foi criado um encontro para esta sexta-feira no Jardim da Estrela, em Lisboa, em homenagem à criança. Todos devem levar uma peça cor-de-rosa.






Fotos retiradas do facebook os aprendizes da Nonô.

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